sábado, 13 de dezembro de 2008

Como aumentar as vendas da sua empresa?

Vendendo via internet

Actualmente, vender via internet já não é uma questão de tecnologia…

Isto é, se a sua empresa quer sobreviver no futuro e quer ter sucesso online, então, muito embora a tecnologia seja o seu maior aliado e esteja sempre a evoluir, não se pode limitar a transpor para o seu site, o seu catálogo e a instalar um “carrinho de compras”.

Existem centenas de aplicações e websites, com soluções capazes de gerar um site de comércio electrónico (CE) em minutos, mas daí até começar a vender e a ser um caso de sucesso, vai um grande passo… além do mais afaste a ideia que Comércio Electrónico é “vender na internet”, CE ou em inglês e-commerce, deve ser antes entendido como uma “operação de sistemas electrónicos integrados de compras, facturação, vendas, marketing e recursos humanos”. Este conceito no que concerne à sua abrangência na prática comercial, integra todos os aspectos relacionados com as operações de uma PME, desde a produção até à logística e manutenção.

Seja pela pressão que a concorrência exerce, seja pela exigência dos seus clientes ou simplesmente para aproveitar as tendências do mercado, aderir ao Comércio Electrónico significa que todos os funcionários e departamentos da empresa devem estar sensibilizados, preparados e vocacionados para esta nova realidade que a sua empresa decidiu adoptar (desde a secretária ao fiel de armazém). Isto vai obrigar a sua empresa a repensar o workflow de processos, o fluxo da informação, a gestão dos stocks, as hierarquias, etc, dando origem à automatização e maximização de processos.

Se andar na net é “navegar”, então, faça como os verdadeiros navegadores, se vai para o mar prepare-se em terra! Este novo “mar” tem milhares de potenciais clientes à sua espera do outro lado da linha, mas fazer com que eles encontrem o seu site e comprem os nossos produtos é outra história! Se conhece um amigo, ou tem um primo que faz sites, esqueça! Isto é outro mundo… um site de CE exige investimento e dedicação e, para ter sucesso tem de estar na mãos de profissionais dedicados. Uma equipa de desenvolvimento deve inteirar-se antes de mais das regras do seu modelo de negócio e integrar as suas competências. Dominar e implementar conceitos como webpsicology, webmarketing, search optimization, web analytics, business inteligence, CPM, usabilidade ou acessibilidade no mesmo espaço web, e ser capaz de compreender o comportamento (ver quadro 2) e gerar lembrança no consumidor, faz a diferença e pode de facto, alavancar o seu negócio para outra dimensão. Quando decidir partir para o CE faça-o com ATITUDE e elabore um plano de negócios digital (e-business plan)!

Um site de CE vive acima de tudo da criação duma comunidade à volta do site, e como tal, deve apostar e inventar nas formas de alimentar essa comunidade (newsletter, concursos, ofertas, descontos, pontos, Coupons, convites e produtos exclusivos, funcionalidades self-service,…). Lembre-se sempre que um site nunca está pronto e se lhe disserem que o seu site está pronto… então é um site morto, sem visitas!

O Observatório CETELEM 2008 sobre os hábitos dos portugueses na Internet refere o tipo de produtos pessoais e/ou para o lar, sobre os quais se procura habitualmente informação na Internet, de uma forma geral, são as viagens e o lazer, os livros, os CD’s e os DVD’s (45,5%, 43,6% e 39,6% de referências, respectivamente) que mais se evidenciam.

Os telemóveis, o material informático, os bilhetes para eventos e a electrónica de consumo (38,7%, 32,7%, 27,8% e 26,7% de referências, respectivamente) constituem um segundo grupo de interesse na pesquisa realizada. Verifica-se, ainda, que os utilizadores do sexo masculino procuram de forma mais destacada informação relacionada com material informático, electrónica de consumo e automóveis, enquanto que as mulheres se centram mais na pesquisa de livros, mobiliário e vestuário. A aquisição destes produtos online é referida em cerca de 12% dos casos, sendo significativamente diferente entre homens e mulheres (17,4% e 5,4% de referências, respectivamente).

O comércio electrónico, inicialmente fenómeno de moda, objecto de curiosidade e de desconfiança, está a difundir-se a uma velocidade vertiginosa. Sendo, à partida, um meio de comunicação (trocas de correio electrónico, sobretudo), a Internet tornou-se em seguida uma verdadeira ferramenta de informação: informar-se na Internet é um reflexo para a maioria da população, tanto a título profissional como pessoal. A etapa seguinte é a utilização da Internet como modo de distribuição: como no Japão e nos Estados Unidos, na Europa o consumo na Internet banaliza-se e torna-se um verdadeiro meio de consumo de massa.

Além disso, a simplicidade de utilização e a facilidade de acesso, cada vez mais difundida, impõem a Internet como um novo meio de consumo de massa. As razões são simples: a Internet é uma fonte de informações nunca antes conhecida, que permite ao consumidor informar-se melhor sobre o produto que pretende adquirir, de forma a consumir mais e melhor, fazendo compras com prazer.

Podemos apostar algumas previsões: o entusiasmo pelo comércio electrónico na Europa está longe de ter acabado pois ainda agora começou e Portugal tem muita margem de progressão!

Outra conclusão muito interessante: Uma grande maioria de jovens consumidores cibernautas nascidos na geração web, constitui uma reserva para os próximos anos.

Texto de João António Vaz , publicado na Revista 250 MAIORES DO DISTRITO de LEIRIA, edição do Jornal de Leiria e do Jornal Público, 25 Novembro 2008

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